Diagnóstico

maio 11, 2015



Na maioria das vezes, os pacientes não são identificados pelas características clínicas. É necessário o teste laboratorial para diagnóstico da síndrome sempre que houver comprometimento intelectual de causa desconhecida.
O diagnóstico é realizado pelo estudo do DNA, sendo feito através de amostra de sangue, analisada em laboratório de genética. Este teste identifica tanto portadores de pré-mutação como de mutação completa.
Exame citogenético pode diagnosticar a Síndrome do X Frágil, no entanto não identificam portadores da pré-mutação. Se o resultado do teste for positivo, deve-se procurar aconselhamento genético.
Como este exame padece de uma sensibilidade e especificidade insuficientes, atualmente é mais viável a utilização da técnica de Southern Blot, que utiliza diferentes sondas especificas que através da hibridização vão detetar diretamente a mutação nos indivíduos afetados.
Note-se que este método permite identificar 80 ou mais repetições. No entanto, quando a mutação exibe um pequeno número de repetições utiliza-se a técnica de polimerase em cadeia (PCR), permitindo conhecer exatamente o tamanho da região amplificada.
Os métodos de Southern Blot e PCR consistem num diagnóstico molecular.
Existe ainda o diagnóstico imunocitoquímico, que utiliza um anticorpo específico para detetar a proteína FMRP em linfócitos normais e a sua ausência em linfócitos de indivíduos com a síndrome. Apenas distingue indivíduos normais e afetados e não diferencia os normais dos pré-mutados.
Fig 1 - Amniocentese
Quando se sabe que um membro da família é portador da síndrome, os outros familiares devem ser testados, principalmente mulheres que pretendem engravidar com o objetivo de minimizar os riscos de transmissão do gene alterado.
O diagnóstico pré-natal já pode ser realizado, detetando os fetos portadores da mutação completa no primeiro trimestre de gestação, através da análise do liquido amniótico, sangue ou tecido fetal.

Só o diagnóstico conclusivo permite definir estratégias de atendimento mais adequadas para o desenvolvimento dos indivíduos afetados pela Síndrome. Aspetos sociais e de saúde pública são relevantes e confirmam a necessidade de diagnóstico preciso e precoce. 


Fig 2 - Método do Southern Blot
Fig 3 - Técnica do PCR



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