Na maioria das vezes, os pacientes não são identificados pelas características clínicas. É necessário o teste laboratorial para diagnóstico da síndrome sempre que houver comprometimento intelectual de causa desconhecida.
O diagnóstico é realizado pelo estudo
do DNA, sendo feito através de amostra de sangue, analisada em laboratório de
genética. Este teste identifica tanto portadores de pré-mutação como de mutação
completa.
Exame citogenético pode diagnosticar a
Síndrome do X Frágil, no entanto não
identificam portadores da pré-mutação. Se o resultado do teste for positivo,
deve-se procurar aconselhamento genético.
Como este
exame padece de uma sensibilidade e especificidade insuficientes, atualmente é
mais viável a utilização da técnica de Southern Blot, que utiliza diferentes
sondas especificas que através da hibridização vão detetar diretamente a
mutação nos indivíduos afetados.
Note-se que
este método permite identificar 80 ou mais repetições. No entanto, quando a
mutação exibe um pequeno número de repetições utiliza-se a técnica de
polimerase em cadeia (PCR), permitindo conhecer exatamente o tamanho da região
amplificada.
Os métodos de Southern Blot e PCR
consistem num diagnóstico molecular.
Existe ainda o diagnóstico
imunocitoquímico, que utiliza um anticorpo específico para detetar a
proteína FMRP em linfócitos normais e a sua ausência em linfócitos de indivíduos
com a síndrome. Apenas distingue indivíduos normais e afetados e não diferencia
os normais dos pré-mutados.
Fig 1 - Amniocentese |
Quando se sabe que um membro da
família é portador da síndrome, os outros familiares devem ser testados,
principalmente mulheres que pretendem engravidar com o objetivo de minimizar os
riscos de transmissão do gene alterado.
O diagnóstico pré-natal já pode ser
realizado, detetando os fetos portadores da mutação completa no primeiro
trimestre de gestação, através da análise do liquido amniótico, sangue ou
tecido fetal.
Só o diagnóstico conclusivo permite
definir estratégias de atendimento mais adequadas para o desenvolvimento dos
indivíduos afetados pela Síndrome. Aspetos sociais e de saúde pública são
relevantes e confirmam a necessidade de diagnóstico preciso e precoce.
Fig 2 - Método do Southern Blot |
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