Esta
doença foi descrita inicialmente por Martin e Bell, em 1943, que observaram a
presença de atraso mental em 11 crianças do sexo masculino, em duas gerações de
uma família, sendo todas as mães normais, facto que os fez suspeitar que esta
síndrome estivesse ligada ao cromossoma X.
Em
1969, o pesquisador Herbert Lubs, observou através do Estudo Citogenético, numa
família com dois irmãos que apresentavam comprometimento intelectual, uma falha
(sítio frágil) na região distal do braço longo do cromossoma X destes
indivíduos.
Em
1977, Sutherland verificou a necessidade da utilização de um meio de cultura
deficiente em ácido fólico para que fosse possível evidenciar o sítio frágil do
cromossoma X na região Xq27.3. Denominou assim o nome de X-frágil a este
cromossoma, sendo possível caracterizar o conjunto dos sinais e sintomas
característicos desta doença.
Em
1991 três grupos independentes de pesquisadores, na França, Holanda e
Austrália, clonaram o gene FMR1, constatando ser este o gene responsável pela
Síndrome do X Frágil. Em 1997 William Greenough e colaboradores (EUA, Bélgica e
Holanda) mostram sua pesquisa definindo a proteína proveniente do gene FMR1: a
proteína FMRP.
Esta
proteína é responsável pela maturação das sinapses e a sua ausência ou drástica
redução é a causa do comprometimento intelectual nos afetados pela Síndrome.
Posteriormente,
iniciaram-se as descobertas sobre as bases moleculares desta síndrome, que
consiste na presença de uma sequência instável anormal do DNA, caracterizada
pela expansão do trinucleotídeo CCG.
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